O Departamento do Trabalho divulgou, em 1o. de junho, o índice de desemprego dos EUA para o mês de maio. A taxa teve seu primeiro aumento em um ano, fixando-se em 8,2%. Os números contrariaram a expectativa do mercado, que previa uma taxa estável. Desde agosto do ano passado, o índice retrocedera de 9,1% para 8,1% em abril. Analistas previam a criação de 155 mil postos de trabalho no mês, mas de acordo com o relatório do Departamento foram criados apenas 69 mil postos. O número de empregos aumentou nos setores de saúde, transporte e armazenagem, diminuiu no setor de construção e pouco se alterou nos demais setores. Para Kathy Bostjancic, diretora de análises macroeconômicas da Conference Board, os dados demonstram um cenário negativo para as previsões dos próximos meses. Outros aspectos preocupantes do relatório foram a queda na confiança do consumidor e a revisão dos dados de março e abril. O número de empregos criados em março foi corrigido de 154 mil postos para 143 mil, enquanto em abril a diminuição foi de 115 para 77 mil. Os sinais apresentados no relatório apontam para uma economia ainda fragilizada, contrariando as previsões do início do ano. Se o ritmo de contratações da economia continuar lento, o presidente Barack Obama enfrentará dificuldades em sua tentativa de reeleição em novembro. O Federal Reserve (Fed) espera uma melhora gradual no mercado de trabalho e no índice de desemprego ao longo do ano, e prevê uma taxa em torno dos 7,8% e 8% próximo à eleição. Caso o mercado de trabalho continue a apresentar resultados negativos, o Fed poderá adotar novas medidas para estimular a economia.