Congresso se opõe a controle da ONU sobre a Internet

O Comitê de Energia e Comércio da Câmara introduziu, no dia 30, resolução bipartidária contra maior regulação das Nações Unidas sobre a Internet. No final do ano, uma conferência da União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês), órgão da ONU, deverá discutir propostas de mudanças na supervisão do ambiente virtual global. Atualmente, o controle sobre a Internet é difuso e feito por organizações sem fins lucrativos. Países como Brasil, China, Índia e Rússia, esperam aumentar o papel da ITU em questões de cibersegurança, privacidade de dados, padrões técnicos e sistema de endereços eletrônicos. Os emergentes também demandam maior controle sobre preços e o poder de provedores estatais em cobrar taxas extras por tráfego internacional de dados. A resolução da Câmara pede que a administração Obama defenda a preservação do controle privado sobre a Internet. Em audiência na Câmara, no dia 31, o coordenador do Departamento de Estado para Comunicações Internacionais e Política de Informação, Philip Verveer, afirmou que os EUA tentarão evitar que governos estrangeiros obtenham maior controle sobre a Internet. Outro testemunho foi o de Vint Cerf, um dos criadores da Internet. Segundo o especialista, controlar o fluxo de informações afetará o que ele considera o maior triunfo da rede: meritocracia democrática como forma de governança. Cerf ressaltou que defender o atual sistema requer obter o apoio de outros países na ONU, uma tarefa que depende do empenho da Casa Branca.

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