O senador Richard Lugar (R-IN) apresentou, no dia 14, um projeto pedindo a suspensão da Argentina do G20. A proposta foi feita uma semana após o vice-presidente argentino, Amado Boudou, visitar Washington para explicar os motivos da nacionalização da petrolífera YPF, uma subsidiária da empresa espanhola Repsol. A nacionalização no mês passado foi criticada pela comunidade internacional. O Departamento de Estado condenou a inciativa e a União Europeia iniciou processo contra a Argentina na OMC. Lugar elogiou a Argentina, que ao contrário de países que enfrentam “desafios genuínos”, tem uma economia produtiva e reservas em moeda estrangeira que ultrapassam US$ 45 bilhões. Entretanto, o senador considera que as políticas de nacionalização da Argentina são únicas dentro do G20 e que o país deve ser afastado do grupo até que aja de acordo com as normas e as relações econômicas internacionais. Segundo o senador, a Argentina precisa fazer a escolha correta, já que o sistema internacional se enfraquece quando o desrespeito à lei é tolerado. Por fim, afirma que os EUA devem tomar uma posição firme quanto ao caso. Em resposta, o embaixador argentino, Jorge Arquello, apontou que o pedido de Lugar distorce os fatos e contém alegações sem fundamento, por não reconhecer que a expropriação é um direito conferido ao país anfitrião. Quanto às alegações sobre protecionismo, Arquello afirmou que as trocas comerciais da Argentina continuam crescendo, indicando a contribuição do país para o aumento do comércio global e a superação da crise econômica.