Lobby judaico moderado cresce em Washington
O lobby judaico J Street anunciou, no dia 30, que deverá contribuir para a campanha da senadora Dianne Feinstein (D-CA) em 2012. A senadora é presidente do Comitê de Inteligência e conhecida por ser pró-Israel. O aceite de Feinstein representa um passo importante na tentativa do J Street de aumentar sua influência no Congresso. Criado em 2008, o grupo tem posições moderadas sobre o conflito entre israelenses e palestinos. Além de defender a via diplomática, o J Street apoia a coexistência de dois Estados, uma posição que encontra resistência em Israel. Muitos congressistas relutam em aceitar contribuições do grupo com receio de se indispor com a comunidade judaica nos EUA. O J Street é frequentemente acusado de antisemitismo por grupos mais radicais. Mesmo com tantos obstáculos, o lobby estima doações no valor de US$ 2 milhões para a campanha de 60 candidatos democratas até novembro. O montante ainda é pequeno se comparado aos US$ 12 milhões arrecadados pela conservadora American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), maior associação judaica nos EUA. Jeremy Ben-Ami, presidente do J Street, reconhece que os congressistas tendem a adotar posições conservadoras sobre questões no Oriente Médio para não perder o apoio financeiro de grupos como a AIPAC. No entanto, Ben-Ami acredita que sua organização tem conseguido mudar tal cálculo político construindo uma ampla rede. O milionário George Soros, por exemplo, é um dos que contribui para o grupo.