Tesouro não classifica a China como manipuladora cambial
O Departamento do Tesouro divulgou, no dia 25, o Relatório Semestral sobre Economia e Políticas Cambiais Internacionais, e novamente não considerou a China como manipuladora do câmbio. O senador Charles Schumer (D-NY) atacou a posição do Tesouro e acredita ser hora de o Congresso agir. Schumer acusa a administração de não reconhecer o desrespeito da China às regras do comércio apenas por uma questão de diplomacia. O diretor da Alliance for American Manufacturing, Scott Paul, e o CEO da American Iron and Steel Institute, Thomas J. Gibson, também acreditam que o Congresso deveria agir para impedir a manipulação cambial chinesa. Acrescentam ainda que a desvalorização promovida pela China é um incentivo à terceirização e exportação de postos de trabalho, e dada a prioridade de criação de empregos nos EUA, o governo deveria tomar medidas que assegurassem uma competição justa. No relatório, o Departamento cita os compromissos assumidos este mês no Diálogo Estratégico e Econômico EUA-China e a posição tomada na última reunião do G-20. Tanto a continuidade na flexibilização da taxa de câmbio chinesa, quanto a promessa de aproximação de um sistema cambial mais orientado pelo mercado, foram fatores que pautaram a posição do Tesouro. Mesmo assim, o Departamento fez novo alerta para que as autoridades chinesas continuem avançando na questão cambial. O documento também enfatiza que as condições na Europa continuam a oferecer riscos para a recuperação dos EUA. O mercado de títulos voltou a apresentar instabilidade em meados de maio devido a preocupações sobre a dívida soberana de países da zona do euro.