O Departamento de Estado tem promovido campanhas de contrapropaganda na Internet para impedir o recrutamento de pessoas pela Al Qaeda no Iêmen. A informação foi divulgada, no dia 23, pela secretária de Estado Hillary Clinton durante um discurso no Comando de Operações Especiais. O objetivo é reverter o uso de espaços virtuais pela Al Qaeda, como sites de tribos iemenitas, para difundir mensagens contra os EUA e atrair novos membros para o grupo. O trabalho de contrapropaganda consiste no monitoramento de blogs e sites. Ao identificar material de aliciamento, a equipe do Centro de Comunicações Estratégicas para Contraterrorismo retira a propaganda do ar em até 48 horas. As mensagens são substituídas por outras que mostram, por exemplo, como os atentados da Al Qaeda atingem a população do Iêmen. A iniciativa do Departamento é o mais recente esforço no combate ao terrorismo por meio de instrumentos virtuais. Para Clinton, a estratégia já leva a resultados positivos. A secretária argumenta que os líderes extremistas estariam recomendando aos seus apoiadores que desconfiem de determinados conteúdos na Internet. O analista de terrorismo internacional, Said Evan Kohlmann, afirma que a estratégia prejudica a imagem da Al Qaeda e os esforços para recrutar novos terroristas. Apesar disso, Kohlmann relativiza a efetividade da tática ao questionar se as pessoas que vivem em áreas tribais dependem da Internet para serem recrutadas.