Congressistas investigam superfaturamento no Afeganistão
Congressistas iniciaram uma investigação, no dia 14, sobre possível superfaturamento em contratos de fornecimento de água e alimentos às tropas no Afeganistão. A companhia Supreme Foodservices teria recebido cerca de US$ 750 milhões indevidamente da Defense Logistics Agency (DLA). O contrato entre a agência federal e a empresa foi assinado em 2005 para um período de 5 anos, tendo sido renovado duas vezes por mais 12 meses. O acordo formal previa o abastecimento de apenas quatro bases no Afeganistão, mas o serviço foi rapidamente estendido a outras 64 unidades militares sem o amparo de novos contratos. Auditorias realizadas pela própria DLA, entre 2008 e 2011, constataram cobranças de valores arbitrários para os suprimentos não previstos em contrato, o que levou a agência a exigir a devolução dos excedentes. A empresa rejeita o pedido de devolução e alega ser credora de mais de US$ 1 bilhão em dívidas do Departamento de Defesa. Os representantes Jason Chaffetz (R-UT) e John Tierney (D-MA), membros do subcomitê encarregado da investigação, deram dez dias para que a Supreme e a DLA revelem documentos e cálculos. Chaffetz afirmou ser escandaloso que o Pentágono permita esse tipo de situação, especialmente quando o orçamento de defesa sofre grande restrições. Os investigadores descobriram que, apesar de tudo, a Supreme foi pré-selecionada pela agência para fornecimento de mais de US$ 10 bilhões em alimentos a partir de janeiro de 2013. Segundo um membro do subcomitê, o governo tem poucas alternativas de fornecimento, ficando muito dependente de prestadores de serviços privados.