Obama impõe sanção contra quem dificultar transição no Iêmen
O presidente Barack Obama emitiu, no dia 16, uma ordem executiva estabelecendo sanções a quem dificultar a transição democrática do Iêmen. As sanções consistem em congelar bens de indivíduos e impedi-los de fazer negócios nos EUA. Ao contrário de punições aplicadas em situações similares, as atuais medidas não são direcionadas a pessoas específicas, dando flexibilidade ao governo e servindo como plano preventivo. O critério para determinar sobre quem as sanções recairão fica a cargo dos secretários do Tesouro, Timothy Geithner, e de Estado, Hillary Clinton. O Iêmen passa por uma fase de transição de governo após 33 anos de presidência de Ali Abdullah Saleh, que renunciou em novembro. A saída de Saleh foi parte de um acordo para a realização de eleições, que tiveram o então vice-presidente, Abed Rabbo Mansour Hadi, como único candidato. Em abril, Hadi foi obrigado a emitir um decreto presidencial, destituíndo autoridades ligadas a Saleh que resistiam a deixar seus cargos. As sanções dos EUA visam evitar que os ex-membros do governo tentem reverter a situação fomentando revoltas ou estimulando ações terroristas. Segundo Obama, iniciativas para impedir a transição pacífica de regime no Iêmen são uma ameaça à segurança dos EUA. A Casa Branca tem interesses estratégicos no Iêmen, uma vez que o país é base de uma facção ativa da rede terrorista Al Qaeda. Esta ramificação foi responsável, por exemplo, pela tentativa frustrada de atentado contra um avião dos EUA em abril. Prevenir a instabilidade política no Iêmen seria fundamental para o combate ao terrorismo na Península Arábica.