A Organização do Tratado do Atlântico do Norte (OTAN) convidou o Paquistão, no dia 15, a participar da reunião da aliança, nos dias 20 e 21 de maio, em Chicago. Para Washington, a cooperação paquistanesa nas discussões sobre o futuro do Afeganistão é imprescindível na resolução do conflito. Por sua vez, a participação é importante para o Paquistão por uma questão de prestígio regional e internacional. A reunião também seria uma oportunidade de atenuar as tensões entre EUA e Paquistão. Nos últimos anos, a relação entre os dois países se deteriorou, especialmente devido ao uso de drones pela OTAN na fronteira paquistanesa. A situação foi agravada em novembro, quando um ataque aéreo realizado com aviões não tripulados matou 24 militares paquistaneses. Como retaliação, Islamabad fechou sua fronteira com o Afeganistão impedindo o acesso de comboios da aliança à rota de suprimentos. Além de facilitar o transporte de armas e combustível, a abertura da fronteira é essencial para a retirada das tropas de ocupação até 2014. Para reautorizar a passagem, autoridades paquistanesas vinham exigindo maiores recursos financeiros e um pedido formal de desculpas dos EUA pelo ataque de novembro. Funcionários da administração Obama disseram, em anonimato, que um acordo de US$ 365 milhões anuais já teria sido acertado. O valor seria equivalente a até US$ 1.800 por veículo autorizado, o que totalizaria cerca de 550 unidades por dia. Em relação à retratação dos EUA, uma declaração do gabinete do primeiro-ministro paquistanês, Yousef Raza Gilani, teria confirmado o fim da exigência.