Impasse no Congresso sobre juros para estudantes
O Senado rejeitou, no dia 8, a proposta democrata para manutenção das taxas de empréstimos para estudantes. Seguindo uma clara divisão partidária, com apenas um republicano votando a favor e um democrata contra, a proposta obteve 52 votos dos 60 necessários para a votação no plenário da Casa. O líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), votou contra a medida para poder colocá-la em discussão novamente. Caso o Congresso não chegue a um acordo, as taxas para estudantes devem aumentar de 3,4% para 6,8% a partir de 1o de julho. As negociações sobre o tema têm se transformado em mais uma disputa sobre princípios políticos. Congressistas dos dois partidos são a favor da manutenção dos juros, mas não conseguem chegar a acordo sobre como financiar a medida. O projeto democrata mantinha os níveis de juros atuais e teria como contrapartida o fim de brechas fiscais para empresas. Entretanto, os republicanos afirmam que a proposta atrapalha a criação de empregos e alegam que os democratas usam a questão como tema de campanha. Após a votação, Reid disse que os republicanos preferem defender os ricos a ajudar os estudantes. No mês passado, a maioria republicana na Câmara aprovou uma legislação congelando os juros, mas compensando os custos com cortes nos fundos para saúde. Democratas afirmam que essa é uma tentativa de repelir a reforma da saúde de 2010 e acusam os republicanos de tentar impedir que a classe média tenha acesso à educação. Antes da votação, Reid havia afirmado que aceitaria avaliar a proposta da Câmara se os republicanos não vetassem a versão democrata na terça-feira.