EUA pressionam Índia a reduzir compra de petróleo iraniano
Em discurso na Índia, no dia 7, a secretária de Estado Hillary Clinton pressionou o país a reduzir suas importações de petróleo do Irã. Para obrigar Teerã a suspender seu programa nuclear, os EUA ameaçam aplicar sanções a empresas estrangeiras que façam transações financeiras com instituições bancárias iranianas. O boicote aos bancos iranianos dificulta, portanto, que os compradores paguem o Irã pelo petróleo importado. Temendo as sanções, que passam a valer a partir de 28 de junho, alguns países já interromperam a compra de petróleo persa. A própria Índia diminuiu parcialmente suas aquisições, de 12%, em 2011, para os atuais 9%. Entretanto, Nova Déli resiste em fazer mais reduções, alegando precisar do petróleo iraniano para atender sua crescente demanda por energia e sustentar altas taxas de crescimento econômico. Aproximadamente 75% do consumo de petróleo na Índia são atendidos por importações. Clinton reconheceu o esforço já feito pela Índia, mas afirmou que o aliado pode reduzir ainda mais as compras do Irã. Uma alternativa de fornecimento sugerida pela secretária é a Arábia Saudita. No entanto, a capacidade de produção excedente saudita tem sido fortemente questionada nas últimas semanas, além de já estar comprometida para atender outros países que suspenderam importações do Irã. Outro obstáculo a uma medida mais assertiva pelo governo indiano é de natureza técnica, uma vez que a maioria das refinarias no país requer o tipo de petróleo iraniano, mais leve do que o da Arábia Saudita. O volume vendido pelo Irã à Índia representa 13% de suas exportações.