Câmara tenta impedir cortes em defesa
A Câmara aprovou, no dia 10, uma proposta para impedir cortes nos gastos com defesa em 2013. O Sequester Replacement Act substitui o gatilho automático de cortes introduzido pelo Budget Control Act (BCA) de 2011. Segundo o BCA, cortes de 1,2 trilhão nos próximos 10 anos seriam aplicados a partir de janeiro, metade deles na área de defesa. A nova legislação substitui tais reduções por cortes em programas mandatórios, como seguridade e assistência social. O projeto foi aprovado por 218 votos a 199, sendo que todos os democratas e 16 republicanos votaram contra a medida. A legislação torna mais rigorosa a elegibilidade para programas de auxílio-alimentação e saúde, acaba com o fundo de saúde pública previsto pela reforma de 2010, e reduz os repasses do Medicaid para os estados e os salários federais. Ainda, elimina o financiamento para o Consumer Financial Protection Bureau. No total, os cortes reduzem em US$ 13 bilhões o nível de gastos federais em 2013, em relação ao acordado no BCA. Os democratas criticaram a proposta por envolver apenas cortes nos programas sociais e não incluir novas receitas. Senadores democratas afirmaram que só negociarão caso os republicanos estejam dispostos a alterar a política tributária. O presidente Obama também ameaçou vetar a medida. Para o representante Paul Ryan (R-WI), a proposta de seu partido é melhor porque diminui o déficit sem criar novas taxas. Os republicanos sabem que a proposta não tem chances de ser aprovada no Senado democrata, mas procuram agradar sua base eleitoral. “Estamos aqui para suprir nossa obrigação legal e moral de liderar” afirmou Ryan.