Envolvidos no 11/09 serão julgados em Guantánamo

Cinco suspeitos de planejar os atentados de 11 de setembro foram formalmente acusados, no dia 05, perante corte militar em Guantánamo. A acusação é o primeiro passo de vários procedimentos legais que devem culminar em julgamento dentro de no mínimo doze meses. Há três anos, o presidente Barack Obama interrompeu o início do processo de acusação a fim de transferir o caso para uma corte civil em Manhattan e fechar a prisão na base militar dos EUA na Baía de Guantánamo, Cuba. O fechamento da prisão era uma de suas promessas de campanha, mas legislações aprovadas no Congresso mantiveram Guantánamo aberta e a competência militar sobre os presos. Por essa razão, a administração Obama teve de retornar o caso à corte militar, em 2011, apesar de entender a medida legislativa como uma interferência no Poder Executivo. No entanto, questionamentos sobre a legitimidade do julgamento militar permanecem em debate entre vários setores da sociedade. A primeira controvérsia diz respeito à natureza do crime, uma vez que muitos juristas não consideram terrorismo um ato de guerra. Nesse sentido, o atentado deveria ser julgado por uma corte civil. Grupos de direitos humanos, como o Human Rights Watch, também alegam que o sistema judiciário militar é menos justo e transparente. Contudo, defensores da decisão afirmam que o sistema judiciário militar sofreu uma série de reformas, sendo o mais adequado para julgar supostos criminosos de guerra. Para o prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, é mais apropriado julgá-los em uma área segura, como Guantánamo.

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