EUA e Japão inovam em tecnologia de gás no Ártico
O Departamento de Energia dos EUA anunciou, no dia 2, que conseguiu extrair gás natural no Ártico, na costa norte do Alasca. A iniciativa é resultado da parceria com as empresas ConocoPhillips e a japonesa JOGMEC, que por sua vez contribuirá com mais pesquisas do Departamento no valor de US$ 6,5 milhões. A participação do Japão se deve ao interesse do governo japonês em importar gás da região. O país é altamente dependente de recursos energéticos externos, situação agravada desde o acidente da usina nuclear em Fukushima, no ano passado. O sucesso na exploração conjunta decorre da aplicação de uma nova tecnologia. O método consiste em liberar o gás natural por meio de injeção de dióxido de carbono no solo até as camadas mais profundas. Além de obter um tipo de gás energeticamente mais eficiente, o procedimento permite mitigar mudanças climáticas. Isto porque o CO2 usado é capturado em fontes estacionárias, como indústrias, para ser inserido no subsolo ártico. A descoberta abre novas possibilidades de exportação de gás natural para o Japão e aumenta o grau de autossuficiência dos EUA em relação ao produto. A líder republicana no Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado, Lisa Murkowski (R-AK), disse que a parceria atende aos interesses dos dois países. O Japão tem poucas alternativas para diversificar suas fontes de energia, enquanto o Alasca tem pouco acesso logístico ao mercado global, precisando enfocar consumidores no leste asiático.