Após terem (literalmente) ocupado o centro do debate político nos EUA, os movimentos de protesto conhecidos como Occupy tentam recuperar a força perdida na virada do ano. O movimento surgiu em setembro de 2011, quando um grupo de ativistas ocupou o parque Zuccotti, próximo ao distrito financeiro de Wall Street. O grupo critica a interferência de interesses corporativos na política e a desproporcional concentração de renda das sociedades modernas. O movimento ganhou força, e se espalhou pelos EUA e pelo mundo, mas as prisões de alguns de seus integrantes, a desocupação de acampamentos e a falta de um programa de ação unitário acabaram desarticulando a iniciativa. Algumas movimentações recentes dão indícios de que este cenário pode mudar. O Occupy Wall Street lançou uma convocação de greve geral para o dia primeiro de maio. (Nos EUA, o feriado do Dia do Trabalho é comemorado na primeira segunda-feira de setembro). As propostas incluem que as pessoas faltem ao trabalho e à escola, boicotem compras e transfiram contas pessoais de grandes bancos para bancos locais. Outro evento que também mobiliza os ativistas são as eleições de novembro. Para a Convenção Nacional do Partido Democrata, em Charlotte, Carolina do Norte, no dia 3 de setembro, manifestantes do Occupy Charlotte planejam grandes protestos. O governo local já havia desocupado o acampamento em frente à prefeitura e tem se organizado para prevenir distúrbios durante o evento. O Occupy Charlotte também planeja uma manifestação durante o encontro de acionistas do Bank of America, em 9 de maio.