Agência de espionagem militar atua fora de teatro de guerra

O Departamento de Defesa (DOD, na sigla em inglês) criou, no dia 24, nova agência de espionagem para atuar principalmente fora de zonas de conflito. O órgão foi anunciado pelo secretário de Defesa, Leon Panetta, e se chamará Defense Clandestine Service. Normalmente, as missões de inteligência do Departamento desempenham função tática em operações de combate. A nova agência, no entanto, deve se distanciar das zonas de guerra para tratar de possíveis ameaças em países sem conflito declarado. Embora o DOD não tenha divulgado os alvos específicos, analistas acreditam que o foco sejam as atividades de terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa em países como o Irã, e o crescimento militar em potências como a China. A criação do órgão foi fortemente defendida por Michael Vickers, subsecretário de Defesa para Inteligência. Vickers afirmou que o número de oficiais do Defense Clandestine Service deve aumentar gradativamente e que o objetivo não é competir com as agências civis, mas ampliar conhecimentos. Os agentes da nova instituição atuarão em parceria com a CIA, reforçando as equipes de inteligência em diversas regiões do mundo. O representante Mike Rogers (R-MI), presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, apoia a iniciativa argumentando que a maior integração agrega valor ao serviço de espionagem. Críticos, no entanto, questionam a necessidade de se criar mais uma agência de inteligência além das 16 já existentes nos EUA, especialmente diante da atual crise econômica.

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