A Agência de Proteção Ambiental (EPA, em sigla em inglês) anunciou, no dia 18, padrões federais de controle de poluição decorrente da exploração de gás não convencional. O foco é reduzir especificamente a emissão de gases liberados pelo processo de fratura hidráulica, técnica avançada de extração do gás de xisto. A regulamentação determina que as petrolíferas terão de diminuir a emissão de gases tóxicos e cancerígeno. Durante o processo, estima-se que compostos orgânicos voláteis emitidos sofrerão cortes de cerca de 95%. Estudos indicam ainda um benefício indireto: a emissão de gás metano será reduzida em 25%, embora esse poluente não seja explicitamente controlado pela EPA. O estabelecimento dos padrões atende ao prazo instituído pela Corte de Apelação Federal do Distrito de Colúmbia, em 2010. A medida da agência foi elogiada tanto por grupos ambientalistas quanto pelo setor energético. Como a tecnologia para restringir esse tipo de gases poluentes já existe no mercado, as empresas não incorrerão em grandes custos adicionais. Além disso, muitas já adotam tais procedimentos. Segundo a EPA, o setor também deverá economizar entre US$ 11 milhões e US$ 19 milhões por ano como resultado do estabelecimento dos padrões, uma vez que o método de controle otimiza a produção ao evitar a perda de gás. Ambientalistas aprovam a medida, apesar de criticarem o fato de sua vigência ser somente em 2015. Para Lisa Jackson, diretora da agência, a regulamentação contribui para a meta da administração Obama em expandir a produção doméstica de combustíveis fósseis de forma responsável.