O FMI lançou, em 17 de abril, a primeira edição do World Economic Outlook (WEO) de 2012, com uma visão mais positiva sobre os rumos da economia global. A versão de abril traz como subtítulo “retomada do crescimento, permanência dos perigos”. De acordo com o relatório, a melhoria da atividade econômica dos EUA no segundo semestre de 2011 e a adoção de melhores políticas no combate à crise econômica pela União Europeia (UE) reduziram o risco de um declínio significativo na economia global. Todavia, o documento destaca a fragilidade destes avanços e exorta os formuladores de políticas a prosseguirem com as ações necessárias para a manutenção do crescimento no médio e no longo prazo. A previsão de crescimento da economia mundial em 2012 é de 3,5%, uma redução em relação ao crescimento de 4% no ano anterior. Contudo, o FMI destaca que algumas regiões, como a UE, crescerão mais do que o previsto na revisão do WEO apresentada em janeiro. Por outro lado, também é esperado um transbordamento da crise para outros países europeus, que vivenciarão um recrudescimento da volatilidade. No geral, apesar de um crescimento mais fraco em 2012 do que no ano anterior, espera-se uma retomada mais vigorosa para 2013. Sobre os EUA, o Fundo constata que o corte de impostos sobre folha de pagamentos evitou um ajuste fiscal abrupto. O FMI ainda afirma que apenas políticas de austeridade não conseguirão reverter a situação dos países desenvolvidos, e são necessárias políticas que facilitem os ajustes e foquem nos problemas fundamentais: mercado imobiliário nos EUA e dívidas soberanas na UE.