Grupos a favor das liberdades civis anunciaram que vão protestar contra o Cyber Intelligence Sharing and Protection Act (CISPA, na sigla em inglês). O projeto foi introduzido no ano passado pelo presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Rogers (R-MI), e deve ser votado no próximo dia 23. A proposta visa melhorar o combate a ataques cibernéticos, e encorajar o compartilhamento de informações entre empresas privadas e governo. O objetivo é incrementar a defesa nacional contra hackers e países como a China, que roubam a propriedade intelectual de empresas dos EUA. De acordo com Rogers, essas informações são repassadas a empresas estrangeiras e prejudicam o setor privado dos EUA. Ao contrário do que aconteceu com o Stop Online Piracy Act no início do ano, algumas empresas de tecnologia como o Facebook e a Microsoft apoiam a proposta. Já os grupos de liberdades civis, como o Center for Democracy and Technology e a Electronic Frontier Foundation, demonstraram preocupação com as implicações da proposta e iniciaram uma mobilização para impedir sua aprovação, em moldes semelhantes aos protestos de janeiro. Os opositores da legislação afirmam que a proposta é um novo SOPA, já que possui uma linguagem muito ampla e pode gerar abusos por parte do governo, criando um programa de vigilância sobre potenciais criminosos. Rogers afirmou que a proposta é completamente diferente do SOPA e não dá autoridade para que o governo ordene as empresas a censurar ou derrubar sites. Além disso, a adesão de empresas aos programas de proteção seria voluntária.