Mais de 70 nomeações para cargos do governo foram aprovadas pelo Senado no dia 29 de março, resultado de um acordo entre a Casa Branca e os líderes dos dois partidos. O presidente se comprometeu a não realizar nomeações durante o recesso de duas semanas da Páscoa e em troca obteve a aprovação de seus indicados. O acordo, anunciado pelo líder da maioria Harry Reid (D-NV) e pelo líder da minoria Mitch McConnell (R-KY), atinge diversas agências e departamentos. Rebeca Blank foi nomeada subsecretária de Comércio. As nomeações de dois inspetores-gerais, para o escritório do Departamento de Justiça e para o Troubled Asset Relief Program, e diversos embaixadores também foram confirmadas. Para o Federal Deposit Insurance Corp (FDIC), foram aprovadas as nomeações do democrata Marty Gruenberg, para a presidência, e do republicano Thomas Hoenig, como vice-presidente. Também foi aprovada, por consenso, uma resolução impedindo sessões pro formas durante recessos, que visavam apenas atrapalhar o Executivo. No início do ano, o presidente aproveitou o recesso parlamentar para nomear Richard Cordray à chefia do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), cuja indicação estava pendente devido à intensa oposição republicana. À época, o gesto de Obama gerou forte polêmica, pois o Congresso praticava sessões pro forma, de maneira a bloquear o direito do Executivo de nomeações diretas. Constitucionalmente, o presidente tem o direito de fazer nomeações sem a necessidade de aprovação do Congresso durante recessos legislativos de mais de nove dias.