Dempsey busca estreitar laços militares com América Latina

O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, declarou que pretende fortalecer o papel do Pentágono na América Latina a fim de combater o narcotráfico e grupos insurgentes. Dempsey realizou nesta semana sua primeira viagem à região desde que assumiu o cargo, em outubro passado. O general busca mostrar que, mesmo com a crescente ênfase à Ásia, a América Latina não deixou de ser prioridade para o país. As sofisticadas redes de narcotráfico na região poderiam ser utilizadas por terroristas para contrabandear armamentos aos EUA. Por essa razão, o papel militar dos EUA seria importante no apoio aos governos latinoamericanos. Dempsey afirmou que o Pentágono planeja enviar à Colômbia comandantes militares com experiência em operações de contra-insurgência no Afeganistão e Iraque. Estes oficiais devem ser enviados em meados deste ano, com o objetivo de compartilhar seu conhecimento com os militares locais. Contudo, o escopo da parceria militar deverá ser limitado. As forças colombianas, por exemplo, têm solicitado helicópteros, equipamentos de vigilância e mesmo aviões não tripulados, os chamados “drones”. A resistência em disponibilizar tais artefatos, sobretudo os drones, deve-se a maior necessidade estratégica dos mesmos em regiões como o Oriente Médio. Além disso, é improvável que setores políticos dos EUA concordem em difundir este tipo de tecnologia, considerada muito sensível. A visita de Dempsey antecede a vinda do secretário de Defesa, Leon Panetta, à América Latina em abril.

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