Lei contrária aos subsídios para petrolíferas é rejeitada
O Senado rejeitou, no dia 29, o projeto de lei elaborado pelo senador Robert Menendez (D-NV) que cortaria incentivos fiscais às empresas petrolíferas. A medida teve 51 votos a favor e 47 contra, não obtendo os 60 votos necessários para ser apreciada pelo plenário da Casa. A proposta de Menendez retirava subsídios dados a grandes petrolíferas como BP, Exxon Mobil, Royal Dutch Shell, Chevron e ConocoPhillips. Segundo estimativas do Joint Comittee on Taxation, tal medida teria gerado arrecadação de cerca de US$ 24 bilhões em 10 anos. Além disso, o projeto estabeleceria incentivos fiscais a empresas de energia limpa. De acordo com apoiadores do plano, empresas petrolíferas têm apresentado lucros exorbitantes e estão sendo beneficiadas pelo alto preço da gasolina. Por isso, o setor não precisa dos incentivos fiscais. Em contrapartida, republicanos afirmaram que a lei sobrecarregaria o setor, o que aumentaria ainda mais o preço da gasolina e a taxa de desemprego. Para o secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney, o fato de o projeto ter sido bloqueado no Senado mostra a aliança dos republicanos com a indústria do petróleo, em detrimento da população. Segundo analistas, já era claro que o projeto não seria aprovado. Contudo, espera-se que a obstrução republicana seja usada pelos democratas como munição contra o partido nas eleições de novembro. Segundo Associação Americana Automobilística o preço médio do galão de gasolina chegou a US$ 3,92 em 29 março.