EUA e Austrália planejam expandir laços militares

EUA e Austrália planejam ampliar o acesso da marinha dos EUA a portos australianos e discutem a possibilidade de operar aviões não tripulados a partir das ilhas Cocos, no Oceano Índico. A importância destas se deve à sua localização, propícia para lançar voos sobre o Mar do Sul da China. Todavia, o ministro da Defesa australiano, Stephen Smith, descartou a ideia de que uma base aérea no atol seja estabelecida no futuro próximo. As medidas somar-se-iam ao acordo anunciado em novembro de 2011, que prevê a alocação de 2.500 fuzileiros navais dos EUA em uma base no norte australiano. Em abril, os primeiros 250 soldados chegarão à base, na cidade de Darwin. A cooperação militar com a Austrália é o mais recente reflexo da nova estratégia de Defesa dos EUA, cujo foco é o leste asiático. Outros desenvolvimentos nesse sentido incluem negociações para aumentar sua presença militar nas Filipinas e um acordo para posicionar quatro navios em Cingapura. Laços militares com Tailândia, Vietnã, Malásia, Indonésia e Brunei também estão sendo ampliados. Analistas concordam que o movimento é uma resposta ao crescimento militar chinês e a suas ambições territoriais em relação ao Mar do Sul. A região abriga depósitos de petróleo e gás, além de possuir movimentadas rotas marítimas. Temerosos, os países da região têm se voltado a Washington para conter a atitude assertiva da China. O especialista australiano Hugh White avalia a situação como complexa. Embora o domínio chinês sobre a região seja indesejável, não é do interesse de seus vizinhos tê-la como adversária.

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