A Agência de Proteção Ambiental (EPA, em sigla em inglês) anunciou, no dia 27, padrões nacionais de emissão de gases do efeito estufa para usinas termoelétricas. O limite da emissão de dióxido de carbono será de 1.000 libras por megawatt-hora (454,5 quilos). O regulamento, contudo, só será válido para novas usinas. As instalações que utilizam de gás natural já estão de acordo com as novas determinações. No entanto, aquelas que utilizam o carvão liberam atualmente cerca de duas vezes mais dióxido de carbono do que o estabelecido pela EPA. Ainda não existe tecnologia disponível no mercado que permita que termoelétricas movidas a carvão reduzam suas emissões nos volumes necessários. Por conta disso, a EPA permitirá as emissões continuem acima do nível estipulado. Mesmo que as usinas não tenham de atingir os padrões imediatamente, elas deverão, em um período de 30 anos, alcançar um nível médio anual de emissão segundo o determinado pela agência. Grupos ambientalistas criticaram a nova regulamentação por não restringir as emissões de usinas já existentes. Apesar das críticas, a diretora da EPA, Lisa Jackson, garantiu que não há planos de estender tais limites para usinas em funcionamento. O senador James Inhofe (R-OK), por sua vez, anunciou que introduzirá legislação no Congresso para anular o estatuto elaborado pela EPA. De acordo com Inhofe, os padrões criados aumentarão os preços de gasolina e gás, deixarão milhares de pessoas desempregadas e serão um empecilho para o desenvolvimento de energia fóssil.