Golpe no Mali ameaça ajuda financeira dos EUA

A administração Obama anunciou, no dia 23, que a ajuda financeira dada ao Mali pode ser seriamente afetada devido ao golpe de Estado ocorrido no país africano. Na semana passada, militares liderados por Amadou Sanogo depuseram o presidente Amadou Touré. O golpe, a apenas algumas semanas das eleições presidenciais, encerra um período de 20 anos de regime democrático no Mali. A porta-voz do Departamento de Estado Victoria Nuland condenou a ação dos militares e expressou apoio ao presidente Touré. O auxílio financeiro ao país continua, mas Nuland afirmou que, caso a situação não se resolva democraticamente, ele poderá ser suspenso. Atualmente, os EUA doam ao governo do Mali cerca de US$ 140 milhões por ano. Somente as contribuições relativas a ajuda humanitária, que perfazem metade desse montante, estariam preservadas das restrições. Em ocasiões passadas, os EUA não hesitaram em congelar a ajuda financeira a países que sofreram golpes. Para analistas, a postura dos EUA ainda tem sido cautelosa por causa do papel estratégico malinês. O país é visto por Washington como um importante aliado regional na repressão a militantes islâmicos espalhados ao longo do sul do Saara. Jennifer Cooke, do Center for Strategic and International Studies, argumenta que o Mali é parte integrante da luta contra a ramificação africana da Al Qaeda. Exemplo disso é que, ao menos por enquanto, a assistência militar dos EUA no âmbito da Trans-Sahara Counterterrorism Partnership continuará.

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