Pentágono intensifica pesquisas para armas virtuais
O Pentágono pretende intensificar esforços para desenvolver uma nova geração de armas virtuais. Segundo fontes anônimas na administração, o objetivo é atingir redes de defesa não conectadas à Internet em outros países. Como os sistemas de defesa conectados à Internet são mais facilmente atingidos, muitos países preferem manter seus programas fora da rede. Neste grupo encontram-se Estados com relação conflituosa com os EUA, como Irã e Síria. Além disso, os militares perceberam a ineficiência das opções de ciberataque disponíveis na ocasião do investida aérea contra a Líbia. Tal percepção despertou a preocupação de autoridades militares pelo desenvolvimento de novas armas virtuais. No ano passado, o ex-vice-secretário de Defesa, William Lynn III, e o vice-chefe do Estado-Maior, James Cartwright, alocaram cerca de US$ 500 milhões em cinco anos no orçamento para a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA). Esta agência é responsável pelas pesquisas de alta tecnologia no Departamento de Defesa. O vice-diretor da agência, Gabriel J. Kaigham, afirmou em testemunho a congressistas que os EUA precisam de opções virtuais que tenham a mesma rapidez e escala de outros recursos militares. Além disso, espera-se desenvolver códigos digitais que não possam ser aproveitados pelos países atingidos para um contra-ataque. Cibersegurança vem se tornando um tema mais frequente na pauta de defesa. Em 2010, foi criado o U.S. Cyber Command, e o Pentágono estima gastar somente esse ano US$ 3,4 bilhões com recursos dessa natureza.