McCain critica estímulo à energia alternativa pela Marinha
O senador John McCain (R-AZ) criticou, no dia 13, investimentos da Marinha em energia alternativa. Para o senador, é um contrassenso investir em energia limpa quando o orçamento de defesa sofre cortes profundos. O republicano disse que o programa lembra o mal sucedido projeto de painéis solares da Solyndra, empresa que faliu mesmo tendo recebido US$ 535 milhões em garantias de empréstimo do governo. McCain chama atenção para os gastos com biocombustíveis. Em dezembro, 450.000 galões foram adquiridos por US$ 26,75 a unidade a fim de abastecer a frota terrestre da Marinha. Como o produto precisa ser misturado a derivados de petróleo, que custam em torno de US$ 3,80, o resultado seria apenas o encarecimento do abastecimento. Desde 2009, a Marinha tem estimulado o uso de biocombustíveis para diminuir sua dependência de petróleo estrangeiro. Além disso, a instituição estabeleceu metas, como reduzir pela metade a demanda energética nos campos de operação até 2025. Outro objetivo é garantir que 50% de suas bases produzam tanta energia quanto consomem e assegurar que metade do consumo venha de energias alternativas até 2020. Segundo o secretário da Marinha, Ray Mabus, tais medidas são estratégicas. Muitos soldados no Afeganistão morreram protegendo comboios de gasolina para bases da OTAN. Maybus também destacou que para cada aumento de US$ 1 no preço do barril do petróleo, a instituição gasta US$ 31 milhões adicionais. Segundo analistas, os planos são uma forma de o presidente Barack Obama avançar com parte de sua agenda energética sem precisar de aprovação legislativa.