Clinton planeja retormar ajuda militar ao Egito
O Departamento de Estado anunciou, no dia 13, plano de retomar a ajuda militar ao Egito. Na sequência ao tratado de paz com Israel, o país passou a receber assistência anual, hoje da ordem de US$ 1,5 bilhão. O dinheiro, no entanto, não é transferido desde o início do ano fiscal de 2012, em outubro passado. A liberação da verba dependia do Congresso, que o fez em dezembro por meio da Lei de Apropriações Consolidadas. Contudo, a transferência está condicionada ao Egito continuar a cumprir o tratado. Outra condição é a adoção de reformas democráticas, tarefa que deve ser atestada pelo Departamento de Estado. Para analistas, a pressão dos EUA levou o Egito a retaliar. Em janeiro, a junta militar decidiu julgar funcionários de ONGs dos EUA no Cairo por suposto incitamento à revolução um ano antes. A iniciativa causou protestos entre congressistas e na Casa Branca, que ameaçou suspender a verba definitivamente. Com o posterior cancelamento da ação pela Justiça egípcia e o retorno dos funcionários aos EUA, Clinton decidiu abrir uma exceção à lei, baseando-se em questões de segurança nacional. Outra motivação alegada por Clinton seria permitir que o Egito honre seus contratos com fabricantes de armamentos nos EUA. O plano da secretária divide opiniões. A porta-voz da minoria na Câmara, Nancy Pelosi (D-CA), apoia a decisão por temer que o corte da ajuda leve à desestabilização regional. Já a representante Ileana Ros-Lehtinen (R-FL), salienta que os EUA não deveriam contribuir com países que não agem em conformidade com um regime livre e democrático.