OMC julga que EUA subsidiaram a Boeing

O Órgão de Apelação da OMC julgou, no dia 12, que os EUA ofereceram US$ 5 bilhões em subsídios para a fabricante de aviões Boeing. O caso foi levado à organização pela União Europeia (UE) em nome da Airbus, que alega ter sofrido perdas com as distorções causadas pelo investimento do governo dos EUA no desenvolvimento do modelo 787 Dreamliner. Em outubro de 2004, os dois lados apresentaram queixas mútuas na OMC. Segundo a UE, programas de pesquisa da NASA, dos Departamentos de Defesa e de Comércio, além de incentivos fiscais oferecidos, causaram uma distorção comercial de US$ 19 bilhões entre 1989 e 2006. Apesar de a recente decisão confirmar que os EUA oferecem subsídios a Boeing, o valor mensurado, de aproximadamente US$ 5 bilhões, é inferior ao calculado inicialmente pela UE. Além disso, o montante também é menor do que os subsídios oferecidos pelos europeus. A OMC já havia julgado que a Airbus recebera, por meio de empréstimos com juros abaixo das taxas do mercado e outros subsídios, US$ 15 bilhões da UE para desenvolver o A380 Superjumbo e outros cinco modelos. A ação tinha como objetivo ultrapassar a Boeing em vendas globais. A atual decisão da OMC provocou comemorações de ambas as partes. Karel de Gucht, comissário de comércio da UE, afirmou que a decisão da OMC legitima as acusações sobre os subsídios a Boeing e que os EUA vêm agindo contra a competição justa, o que deveria ser interrompido imediatamente. Já Ron Kirk, representante comercial dos EUA, destacou que o subsídio de seu país é menor e menos distorcivo do que o europeu.

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