EUA abrem queixa na OMC contra China sobre metais raros
EUA, União Europeia e Japão apresentaram uma reclamação formal na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra restrições à exportação de metais raros pela China. Desde 2009, o país tem restringido a exportação de minerais como tungstênio e molibdênio, utilizados para fabricar uma ampla gama de produtos, como celulares, mísseis e baterias. Como o país asiático concentra mais de 90% da produção desses recursos, o mercado global se torna muito dependente da China. O resultado do monopólio chinês sobre produção e exportação é um forte aumento dos preços. Além disso, a China usa o controle sobre metais raros como instrumento político. Em 2010, devido a uma disputa territorial com o Japão, a China cortou o comércio desses metais entre os dois países, que são essenciais para a indústria de ponta japonesa. O governo chinês nega que a restrição seja uma medida política, alegando razões ambientais para as cotas. Segundo a Casa Branca, a queixa tem por objetivo garantir que os EUA deixem de ser prejudicados pela prática chinesa. O presidente Barack Obama ainda busca assegurar que a China respeite as normas internacionais de comércio estabelecidas pela OMC. A ação movida no organismo também é uma resposta às críticas de congressistas e setores industriais, que acusam Obama de não combater com firmeza as supostas práticas desleais da China. As partes têm 60 dias para tentar uma solução por meio de diálogo. Na falta de uma resolução dentro desse prazo, os países queixosos poderão requerer a abertura de um painel na organização.