Energia e Meio Ambiente

Setor discute resistência popular ao gás não convencional

Grandes empresas do setor petrolífero discutiram, em uma conferência da IHS CERA entre os dias 5 e 9, perspectivas para o setor energético. Dentre os problemas identificados, encontra-se a inquietação nos EUA a respeito do gás não convencional. Segundo Peter Voser, CEO da Royal Dutch Shell, o desconhecimento público sobre o processo de extração de gás de xisto se deve à dificuldade da indústria em obter a simpatia do público leigo. Na percepção dos empresários, o baixo grau de compreensão leva a supostos equívocos por parte da população e da mídia quanto aos efeitos nocivos dos procedimentos de exploração. Desde 2001, a produção deste tipo de gás tem aumentado nos EUA. A Energy Information Administration (EIA) estima que o recurso representará cerca de 20% do total de gás explorado no país em 2020. Contudo, o método de extração ainda apresenta problemas, como a possível contaminação do subsolo e riscos de abalos sísmicos. Tais efeitos têm sido muito divulgados pela mídia e por ambientalistas, que são os principais opositores do gás de xisto. Enquanto alguns pedem pelo fim das atividades, outros defendem regulamentação nacional e estudos para diminuir seus efeitos nocivos. Outra demanda é por maior transparência sobre aditivos químicos usados no processo de fratura hidráulica das formações rochosas onde o gás de xisto está localizado. Apesar de muitas empresas já terem publicado as composições químicas, a maior parte delas resiste à divulgação por considerá-las segredos industriais.

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