Tom pragmático marca discurso de Obama na AIPAC

Em discurso na American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), no dia 4, o presidente Barack Obama expressou apoio a Israel, mas salientou que ainda não é o momento de uma guerra contra o Irã. A declaração foi na convenção anual da maior associação judaica nos EUA. O presidente admitiu que poderá optar pelo uso da força para impedir o programa nuclear iraniano, mas disse priorizar sanções econômicas e negociações diplomáticas. O tom pragmático do discurso teve por objetivo diminuir pressões políticas de naturezas distintas sobre a Casa Branca. Os senadores Lindsey Graham (R-SC) e Joe Lieberman (I-CN), que afirmam preferir uma solução pacífica, introduziram uma resolução bipartidária, em fevereiro, condenando a suposta política de contenção adotada por Obama. Contudo, outras iniciativas bipartidárias procuram evitar o confronto militar, alegando que um ataque ao Irã não seria do interesse nacional. As distintas opiniões não dividem somente o Congresso, mas os próprios ativistas pró-Israel. Enquanto o grupo J Street advoga por soluções pacíficas, a AIPAC deixa clara sua preferência por um ataque armado para forçar o Irã a interromper o programa nuclear. A postura de Obama acompanha a opinião das autoridades militares, que também defendem uma solução pacífica. A questão ganha relevância em ano de eleição, uma vez que o tema é sensível para o eleitorado. Pesquisas indicam que apesar de 70% da população simpatizar com Israel, 60% preferem ações econômicas e diplomáticas em lugar de uma investida militar contra o Irã.

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