EUA veem com cautela recente acordo com Coreia do Norte
O acordo firmado com a Coreia do Norte, no dia 29, foi recebido com cautela nos EUA. Segundo o entendimento, o governo norte-coreano suspenderá testes com armas e mísseis de longo alcance, além de interromper o enriquecimento de urânio na usina de Yongbyon. A instalação voltará a receber inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica, o que não ocorria desde 2009. Em contrapartida, os EUA fornecerão 240 mil toneladas de alimentos para os norte-coreanos ao longo de um ano. As negociações foram as primeiras desde que Kim Jong-un assumiu o poder após a morte de seu pai. Kim Jong-il, que faleceu em dezembro, governava o país desde 1994. Segundo analistas, a iniciativa de Jong-un pode contribuir para reduzir as tensões na região. Apesar do avanço nas negociações entre Pyongyang e Washington, a administração Obama salienta que ainda existem grandes passos a tomar para a desnuclearização da Coreia do Norte. A secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou ao Congresso que apesar de importante, o avanço foi limitado. Clinton também declarou que os EUA possuem sérias preocupações em relação a vários aspectos do comportamento da Coreia do Norte, como recentes ameaças à Coréia do Sul. O ceticismo é ainda maior entre congressistas conservadores. A representante Ileana Ros-Lehtinen (R-FL), presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, afirmou que o acordo se assemelha a outros que fracassaram no passado por nunca terem sido cumpridos pelos norte-coreanos.