Republicanos recuam no acordo de imposto sobre salários
Líderes do partido republicano declararam na segunda-feira, 13, que abrem mão de suas exigências no acordo de extensão do corte de imposto sobre os salários. O pronunciamento foi feito em conjunto pelo porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH), pelo líder da maioria Eric Cantor (R-VA) e pelo líder da bancada Kevin McCarthy (R-CA). Todos concordaram com a introdução de legislação que estenda os cortes até dezembro sem que haja nenhuma compensação. A medida fragmentaria o acordo esperado pelo comitê bicameral responsável por identificar um plano para a extensão dos cortes. Para o painel, o pacote viria atrelado a uma proposta para reembolsos a médicos do Medicare e benefícios aos desempregados. O ato é uma tentativa por parte do partido republicano de amenizar as críticas democratas, que buscam culpar os republicanos pela estagnação nas negociações do Congresso. Republicanos também querem silenciar parte da campanha de Obama, que argumenta que a falta de acordos se deve à insistência republicana em negar concessões. Após a declaração, a líder da minoria da Câmara Nancy Pelosi (D-CA) disse que o plano de corte de impostos não deve ser dissociado de plano de benefícios aos desempregados e reembolso do Medicare. Pelosi, no entanto, disse apoiar um plano de extensão dos cortes que não apresente compensação. O projeto republicano pode vir nesta semana, com custo total estimado em US$ 100 bilhões para os 10 meses restantes de 2012.