Obama ordena bloqueio dos ativos do Irã nos EUA

O presidente Barack Obama assinou, no dia 5, uma ordem executiva congelando todos os ativos do governo do Irã nos EUA. A ordem também abrange instituições financeiras privadas e públicas, inclusive o Banco Central. Indivíduos nos EUA serão igualmente obrigados a obedecer ao bloqueio. O Departamento do Tesouro esclarece que as sanções impostas em 1995 implicavam na rejeição a transações bancárias envolvendo instituições e o governo iranianos no sistema financeiro dos EUA. Com a ordem executiva, as transações não serão mais rejeitadas, mas retidas e bloqueadas. Outra novidade é que o bloqueio atinge qualquer tipo de operação financeira, e não apenas aquelas relacionadas com exportações de recursos de energia ou atividades supostamente ilícitas. A determinação aprofunda e acelera a implementação das sanções aprovadas na Lei de Autorização de Defesa de 2012, sancionada em 31 de dezembro. De acordo com a lei, empresas estrangeiras que façam transações financeiras com o Banco Central iraniano ficam sujeitas a punições nos EUA. O prazo para adoção da regra era inicialmente de seis meses, mas o governo decidiu antecipá-lo, embora não tenha dado detalhes sobre os procedimentos. Analistas atribuem a decisão à pressão de Israel sobre o governo dos EUA. Israel tem se mostrado descrente em relação à eficácia das sanções e tendente a medidas mais assertivas, como um ataque “preventivo” às instalações nucleares iranianas. No mesmo dia em que anunciou a ordem executiva, Obama disse acreditar que Israel não esteja pronto para atacar o Irã e que ainda há tempo para negociações diplomáticas.

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