Destinações específicas favorecem imóveis de congressistas

Uma investigação do The Washington Post revelou que 33 membros do Congresso direcionaram mais de US$ 300 milhões para projetos em localidades próximas a seus imóveis. A investigação também apontou que 16 parlamentares aprovaram recursos para universidades, companhias ou programas comunitários que empregam parentes próximos. O sistema de divulgação financeira do Congresso não esclarece as ligações entre quem propõe as destinações específicas e o local ou entidade beneficiados. Dessa forma, o The Washington Post teve de comparar os registros de posse dos 535 congressistas com as destinações introduzidas desde 2008. A vinculação de uma parcela do orçamento em uma lei de gastos com um projeto específico é uma prática conhecida como “earmarks”. Normalmente, a incorporação das earmarks é feita sem debates na Câmara ou no Senado. São negociações fechadas, e a vinculação de fundos serve como elemento de barganha para conseguir o apoio de congressistas a propostas. Os legisladores não são obrigados a declarar possíveis conflitos de interesse a respeito das earmarks. Segundo as regras de ética do Congresso, só há ilegalidade caso o projeto beneficie apenas o congressista ou sua família. Todavia, a repercussão negativa da publicação desta prática tem surtido algum efeito. O Stop Trading on Congressional Knowledge Act (STOCK Act), lei que impede a utilização de informações públicas para benefícios próprios, foi recentemente aprovada no Senado e na Câmara. No entanto, a proposta para banir as earmarks foi bloqueada no Senado. Os congressistas envolvidos negaram qualquer benefício particular.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais