O gerente de campanha de Obama, Jim Messina, anunciou que o presidente apoiará publicamente doações ao Super PAC Prioritites USA. Além do apoio, Messina disse que membros do gabinete devem comparecer a eventos do Super PAC para angariação de fundos. O anúncio, feito através de e-mails do blog de campanha, é surpreendente, uma vez que o presidente sempre foi contra a prática. De acordo com as regras da FEC (Federal Election Comission), os super PACs podem arrecadar doações ilimitadas, mas devem reportar a identidade dos contribuintes e as quantias doadas. Embora haja limite de doações diretas aos candidatos, não há teto para gastos com veiculação de propagandas próprias dos super PACs, desde que não fique caracterizada a coordenação entre os comitês e as campanhas. Obama havia se pronunciado contra a prática nas eleições de meio termo em 2010, identificando-a como prejudicial ao sistema político. Segundo Messina, a decisão foi necessária para que o presidente concorra em igualdade de condições com seus adversários republicanos. O chefe de campanha destacou que Mitt Romney arrecadou mais de US$ 30 milhões provenientes de menos de 200 indivíduos. Desse valor, 96% teriam sido destinados a propagandas negativas contra o presidente. Buscando enfatizar que a escolha foi feita somente por necessidade, Messina também declarou que o presidente apoia uma emenda constitucional que regule financiamento de campanha. A decisão de Obama foi criticada por democratas e republicanos, e causou grande decepção em grupos ativistas que defendem a limitação da influência do dinheiro na política.