Energia e Meio Ambiente

Estudo aponta novos riscos para usinas nucleares nos EUA

A Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC, na sigla em inglês) declarou, no dia 31, que reatores na região central e leste do país correm maiores riscos do que previsto no último estudo realizado em 1980. A conclusão é resultado de um novo modelo de análise sobre atividades sísmicas. A análise, no entanto, não indica o grau de risco ou o potencial de danos nos locais onde se localizam os reatores. De acordo com o relatório, os operadores deverão fazer outros estudos para saber se os 96 reatores nessas regiões suportariam eventuais tremores. Esses reatores compreendem mais de 90% das instalações nucleares do país. Os responsáveis pelas usinas terão até quatro anos para realizar as investigações. A legislação do país obriga os operadores a comprovar capacidade para enfrentar tremores de terra sem danificar os componentes que desativam os reatores e garantem a segurança das usinas em situações de emergência. Para as usinas que forem obrigadas a modernizar seus sistemas operacionais e de segurança, os altos custos de adaptação poderão significar o encerramento das atividades. Como a maior parte dos reatores nucleares no país é antiga, aumenta a probabilidade de que algumas unidades sejam fechadas no futuro. Conduzido pela NRC em parceria com o Departamento de Energia e o Electric Power Research Institute, o estudo vinha sendo preparado desde 2008 por especialistas nacionais e internacionais. A análise ganhou urgência após o desastre nuclear no Japão, em março de 2011, e as consequentes críticas de que a Comissão age com lentidão frente à insegurança nuclear.

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