Obama enfrenta polêmica com católicos
Uma decisão da administração Obama causou polêmica com grupos católicos. No dia 20, o governo anunciou que instituições administradas por igrejas também serão obrigadas a fornecer seguro de saúde a seus funcionários com cobertura para métodos contraceptivos e abortivos. Dessa maneira, somente as igrejas estão isentas da obrigatoriedade, mas o mesmo não vale para instituições administradas por grupos religiosos. A decisão da administração provocou a fúria dos católicos. Após o anúncio, igrejas católicas por todo o país atacaram a regulamentação. Padres têm incitado os fiéis a se oporem a legislação. De acordo com a freira Mary Ann Walsh, porta-voz da Conferência de Bispos Católicos dos EUA, o governo está interferindo no trabalho das igrejas. Ainda, líderes católicos afirmaram que a regra infringe os direitos constitucionais dos grupos religiosos. Recentemente a Suprema Corte havia reafirmado a autonomia religiosa presente na Constituição. Segundo a secretária da Saúde, Kathleen Sebelius, é um direito das mulheres ter direito a cobertura de métodos contraceptivos nos seguros de saúde. A decisão pode afetar o apoio dos cristãos a Obama. Em 2008, impulsionados pela parcela latina, 54% dos católicos votaram em Obama, contra 45% em McCain. Contudo, os brancos católicos favoreceram McCain, com 52% contra 47%.