Governo tenta acordo com bancos sobre hipotecas

A administração Obama parece estar próxima de um acordo com bancos acusados de fraudes durante a criação da bolha imobiliária. Em negociação desde o fim de 2010, o valor do acordo com JPMorgan Chase, Wells Fargo, Bank of America, Citigroup e Ally Financial, os cinco maiores provedores de crédito imobiliário, gira em torno de US$ 25 bilhões. O montante reduziria valor das hipotecas a serem pagas por proprietários em dificuldades. Ainda, a proposta determina o pagamento de US$ 2 mil para cada cliente que tenha sido alvo de despejo desde 2008. O direito dos proprietários de processar os bancos mesmo após a negociação conjunta continuaria garantido. No dia 24, os termos gerais da proposta foram apresentados por Shaun Donovan, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, e Tom Perrelli, do Departamento de Justiça, aos procuradores-gerais estaduais que serão responsáveis por sua eventual aprovação. Todavia, a aceitação do acordo não está garantida. Muitos procuradores-gerais afirmam não estarem convencidos da eficácia da proposta, descrita como muito pouco abrangente frente à gravidade da situação. Assim como grupos de ativistas liberais, eles alegam que os bancos pagariam menos do que o devido e sairiam com sua imagem inabalada perante a opinião pública, escapando de responsabilizações legais pelos abusos cometidos. É improvável, também, que seja fechado um acordo deste tipo sem a Califórnia. O estado apresenta um alto número de despejos, mas abandonou as negociações devido à preocupação de sua procuradora-geral, Kamala Harris, sobre a possível perda de autonomia na investigação de delitos no setor hipotecário.

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