Gasoduto da BP com participação do Irã fica isento de sanção
Os EUA e a União Europeia (UE) continuam na tentativa de proteger a segurança energética mundial e, ao mesmo tempo, dissuadir o governo iraniano com sanções e embargos ao petróleo. Após a escalada das tensões e diante da preocupação de que o programa nuclear iraniano não tenha apenas fins pacíficos, o ocidente vem pressionando o Irã com sanções econômicas. Os 27 países da UE concordaram, no dia 23, em cortar todas as importações de petróleo do país, sem firmar novos contratos e extinguindo até julho aqueles já existentes. Porém, uma exceção será concedida à empresa britânica BP. Desde dezembro, os europeus trabalham para convencer os legisladores dos EUA a pouparem das sanções um projeto da BP para fornecimento de gás natural à Europa. O gasoduto de Shah Deniz II, que transportará gás da Ásia central no futuro, estaria sujeito a sanções por contar com 10% de participação da Naftiran, uma subsidiária da estatal National Iran Oil Company na Suíça. A exceção é importante, pois garante à UE uma opção de fornecimento de outros países além da Rússia, restringindo a capacidade de Moscou em utilizar energia como elemento de pressão. Apesar do empenho em conciliar estratégia energética e medidas restritivas ao Irã, o governo dos EUA enfrenta pressões de Israel e de congressistas por sanções mais rígidas. A representante Ileana Ros-Lehtinen (R-FL) propôs uma lei banindo dos EUA qualquer companhia que faça negócios com o Irã. A proposta, no entanto, exime de punição esforços para trazer gás do Azerbaijão para a Europa ou a Turquia.