Geithner pede que a China reduza compra de petróleo do Irã
O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, viajou à Ásia nessa semana em busca de apoio ao boicote de seu país às importações de petróleo iraniano. Em sua primeira parada, Geithner, que inicialmente se opusera às sanções contra o Banco Central iraniano, relembra a China de que os EUA poderão retaliar empresas chinesas que mantenham as importações. As medidas são parte da Lei de Autorização de Defesa, aprovada pelo Congresso e sancionada por Obama no fim do ano passado. A lei autoriza bloquear o acesso ao mercado financeiro dos EUA de instituições estrangeiras que transacionem com o Banco Central do Irã. Apesar da presença de Geithner, não é certo que os chineses atendam às demandas. A China já declarou publicamente sua oposição às sanções unilaterais e o país não quer ser visto cedendo aos EUA. De acordo com um alto funcionário do governo dos EUA, este é o começo de um amplo esforço diplomático para intensificar a pressão sobre o país persa, acusado de desenvolver programa nuclear militar. Os esforços do secretário devem se estender a Índia, Japão e Coreia do Sul nos próximos dias. Mesmo temendo o impacto sobre os preços globais de energia, Japão e Coreia do Sul anunciaram que devem reduzir parte das importações, enquanto a Índia mostra-se mais relutante. Embora já contem com o apoio da União Europeia, que ainda discute sobre quando e por quanto tempo suspender as importações, a adesão dos quatro países asiáticos é importante para os EUA. As importações de China, Índia, Coreia do Sul e Japão correspondem juntas a 60% das exportações iranianas.