Obama apresenta nova estratégia militar
O presidente Obama apresentou, no dia 5, a nova estratégia militar dos EUA. O plano foi desenvolvido pela Casa Branca e pelo Pentágono para adaptar as necessidades militares aos cortes de US$ 480 bilhões em gastos de defesa nos próximos dez anos. O documento indica redução no contingente militar, com autoridades do governo estimando que o número caia de 570.000 para 490.000 soldados. Com a redução, parte das forças atualmente posicionadas na Europa serão remanejadas para a Ásia. A região é considerada de extrema importância em função da presença da Coreia do Norte, tida como uma ameaça, e da China, classificada como país adversário. Já a Índia é vista com grande potencial para atuar como “âncora econômica e provedor de segurança”. Em relação ao Oriente Médio, os EUA continuarão trabalhando com aliados para impedir o desenvolvimento do programa nuclear iraniano e combater o terrorismo. Porém, o país espera investir mais em operações especiais e meios não militares, e menos em missões de larga escala para estabilização e paz. A estratégia ainda recomenda reduzir estoques de armas nucleares, e aumentar investimentos em cibersegurança e aviões não tripulados para adequar os recursos de defesa às ameaças do século 21. Embora garanta que o país continuará a ser a maior potência militar de todos os tempos, Obama salientou ser economicamente inviável participar de duas guerras simultâneas, como ocorrido na última década. Republicanos, no entanto, acreditam que tal reorientação estratégica apresenta sério risco de enfraquecer a influência dos EUA no mundo.