Energia e Meio Ambiente

Desacordo entre EUA e China marca COP-17

Divergências entre China e EUA marcam as negociações na 17a. Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-17) em Durban, África do Sul. Os debates na COP-17, que termina hoje, têm ocorrido principalmente em torno de acordos que impõem limites às emissões de poluentes. Para os EUA, o problema é que esses limites incidem somente sobre os países desenvolvidos. Todd Stern, o enviado dos EUA para o encontro, aceita discutir os termos de um acordo formal desde que sob algumas condições. Stern reafirma a necessidade de os compromissos acordados terem força legal sobre todos os grandes atores internacionais na área climática, sem privilégios para alguns países em desenvolvimento. Já a China reivindica um tratamento diferenciado daquele que será dispensado aos países ricos. O representante chinês afirma que o país estaria disposto a firmar um acordo que determine os limites de emissão de poluentes apenas a partir de 2020. A União Europeia, que pretende manter o compromisso de reduzir suas emissões mesmo depois de expirado o Protocolo de Kyoto em 2012, critica a postura adotada por ambos. O enviado europeu considera inaceitável que as divergências entre EUA e China bloqueiem as negociações. Apesar da dificuldade de um acordo amplo, avanços foram feitos na difusão de tecnologias limpas e na criação de um fundo financeiro para auxiliar regiões em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas. Analistas defendem que os progressos na COP-17, mesmo sendo pequenos, são relevantes.

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