A secretária de Estado Hillary Clinton se reuniu em Genebra, no dia 6, com o presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), Burhan Ghalioun. Após a reunião, Clinton afirmou que o CNS é o legítimo representante dos sírios que apoiam uma transição democrática. A organização, criada em outubro, abriga diversos grupos de oposição ao governo de Bashar al-Assad e é composta principalmente por exilados políticos. O líder do CNS já havia se encontrado em novembro com Allain Juppé e William Hague, ministros das Relações Exteriores da França e do Reino Unido, respectivamente. Os dois países, assim como os EUA, têm procurado conferir maior legitimidade ao CNS, mas sem deixar de fazer cobranças. Na reunião, Clinton afirmou que o CNS deveria diversificar sua composição em termos étnicos e religiosos. Além disso, autoridades ocidentais demonstraram inquietação com a influência da Irmandade Muçulmana, presente em alguns países da região, e de outros grupos islamistas no conselho executivo do CNS. Em entrevista recente, Ghalioun já havia expressado apoio a medidas para responder às demandas ocidentais. Segundo o líder, um eventual governo do CNS romperia a aliança entre Síria e Irã, e deixaria de apoiar os grupos Hamas e Hezbollah. Também no dia 6, a administração Obama anunciou o retorno do embaixador Robert Ford à Síria após retirá-lo do país em novembro devido a ameaças à sua segurança. O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, disse que a presença de Ford em Damasco é importante, pois demonstra o apoio dos EUA à transição democrática no país.