O Irã afirmou ter abatido e capturado, no dia 4, um avião não tripulado dos EUA que vinha do Afeganistão e violou seu espaço aéreo, segundo a agência de notícias iraniana Fars. No mesmo dia, um porta-voz da OTAN reconheceu que um avião não tripulado dos EUA fora perdido no oeste do Afeganistão e que sua localização ainda não havia sido determinada. De acordo com o porta-voz, os operadores perderam o controle sobre a aeronave por causas desconhecidas. Funcionários do Pentágono, no entanto, afirmam não haver evidências de que o avião tenha sido abatido, e que a queda provavelmente ocorreu devido a problemas técnicos. O Irã já havia reivindicado o abatimento de um avião não tripulado em julho, o que também foi negado pelos EUA. Posteriormente, militares iranianos voltaram atrás, dizendo que haviam apenas atingido um alvo de testes. A aeronave em questão, de modelo RQ-170, foi projetada para evitar radares. A CIA utilizou um RQ-170 para obter informações sobre o esconderijo de Osama Bin Laden em Abbotabad, no Paquistão, além de acompanhar a operação que resultou em sua morte em tempo real. Nos últimos anos, aviões desse tipo se tornaram uma ferramenta de inteligência essencial nas operações no Oriente Médio e na Ásia Central. No Afeganistão, os RQ-170 são utilizados para detectar possíveis movimentações de militantes na fronteira com o Irã. Uma preocupação plausível seria a de que, com a captura do avião, os iranianos podem vir a conhecer melhor seu funcionamento e a tecnologia “stealth”, que permite evitar a detecção por radares.