O Pentágono propôs ao Congresso a venda de um pacote de bombas inteligentes antibunker aos Emirados Árabes Unidos no valor de US$ 304 milhões. Acredita-se que a transação tenha como objetivo conferir ao país a capacidade de atacar instalações subterrâneas iranianas. O anúncio da venda vem dias após a liberação de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica que apresenta evidências de que o Irã desenvolve capacidade de produzir armas nucleares. O número de bombas, aproximadamente 4900, surpreendeu os congressistas e especialistas. Uma vez que o Pentágono notifique o Congresso sobre uma proposta de venda de armamentos, os legisladores têm 30 dias para manifestar sua oposição. Contudo, funcionários do governo não esperam que os congressistas tentem bloquear o negócio, como ocorreu em 2008 em relação à venda de 900 bombas do mesmo tipo para a Arábia Saudita. Na época, aliados de Israel no Congresso atrasaram a venda por temer que o país perdesse parte da vantagem militar relativa na região. Diferentemente dos sauditas, os Emirados Árabes Unidos não são vistos por Israel como uma potência regional. A administração Obama têm armado seus aliados no Golfo Pérsico para formar um contrapeso regional ao Irã. Nesse ano, o governo aprovou a venda de um pacote recorde de US$ 60 bilhões em armamentos para a Arábia Saudita. Recentemente, os Emirados Árabes Unidos também adquiriram um sistema de defesa antimísseis no valor de US$ 7 bilhões, tendo em perspectiva eventuais ataques com mísseis balísticos de curto e médio alcance provenientes do Irã.