Impacto da redução no orçamento de defesa ainda é incerto

Com o insucesso do Comitê Conjunto para Redução do Déficit, o orçamento de defesa poderá sofrer grandes cortes. Em agosto, um acordo para elevar o limite da dívida federal estabelecera redução automática de US$ 600 bilhões nos próximos dez anos caso o Comitê falhasse em um plano para diminuição do déficit. Como o acordo já determinara um corte inicial de US$ 350 bilhões para o mesmo período, o Pentágono poderá perder US$ 950 bilhões até 2023. Entretanto, uma série de fatores pode amenizar a redução, que é temida pelos militares e criticada por congressistas. Os cortes só entram em vigor em janeiro de 2013, prazo considerado suficiente pelos congressistas para evitar o gatilho automático. Howard McKeon (R-CA), presidente do Comitê das Forças Armadas da Câmara, e os senadores John McCain (R-AZ) e Lindsey Graham (R-SC), prometeram criar leis para reverter a redução de US$ 600 bilhões. Todavia, o presidente Obama afirmou, no dia 21, que vetaria qualquer esforço nesse sentido sem que um novo plano de redução do déficit seja aprovado. Analistas acreditam que a discussão sobre a especificação dos cortes deverá se prolongar, processo que será influenciado pelo lobby da indústria bélica. Ainda, funcionários do Pentágono argumentam que manobras contábeis poderiam aliviar parte do peso da redução. Um dos recursos consiste em transferir gastos para os orçamentos das guerras do Afeganistão e Iraque, que não serão afetados pelo corte automático. O senador Rand Paul (R-KY) disse que não seria preciso fazer cortes: um mero congelamento do orçamento militar ao longo da década cumpriria a meta de redução.

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