DOE alerta para impacto ambiental de gás não convencional
O Departamento de Energia divulgou um relatório, no dia 18, referente aos efeitos da exploração de gás não convencional sobre o meio ambiente e a saúde da população. O documento, elaborado por uma divisão especializada em gás de xisto, avalia a aplicação pelas indústrias das recomendações feitas pelo Departamento em agosto último. Na época, foram identificadas soluções para reduzir impactos ambientais da produção desse tipo de gás. O relatório constata que, apesar das prevenções sugeridas anteriormente, as indústrias avançaram pouco na sua implementação. Além de reiterar a adoção das medidas, o documento estimula maior cooperação entre os âmbitos federal, estadual e municipal. Outro passo importante na redução de gases poluentes seria o plano da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) de regular o setor de petróleo e gás. O projeto de regulação da agência sobre gases poluentes deve ser concluído em abril de 2012, mas o Departamento critica o fato de a EPA não incluir na regulamentação as emissões de metano derivadas da exploração de gás. Amy Mall, integrante do Natural Resources Defense Council (NRDC, na sigla em ingês), afirma que as recomendações possuem um peso significativo, apesar de seu cumprimento não ser obrigatório. O NRDC e outras organizações ambientais enviaram uma carta ao presidente Barack Obama, pedindo que as medidas passem a ser mandatórias. O gás de xisto, que já corresponde a 30% do total da produção doméstica de gás, é fortemente estimulado pelo governo como uma das soluções para reduzir a dependência externa de energia.