A polícia de Nova York desocupou, na madrugada do dia 15, o parque Zuccotti, onde estavam concentrados os manifestantes do movimento Occupy Wall Street. A decisão foi do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, justificada com razões sanitárias e de segurança. Bloomberg disse que a partir de agora os manifestantes terão de ocupar o parque com o poder de seus argumentos, e não mais com suas tendas. A ação teve início à 1h da manhã, horário escolhido pelo menor movimento no parque. A operação foi mantida em sigilo até mesmo para os envolvidos. Policiais haviam sido informados de que participariam de um treinamento e só foram informados sobre a ação momentos antes. A principal razão para o sigilo foi a repercussão gerada em outubro, quando da divulgação de uma iniciativa de desocupação do parque para limpeza do local. Na época, os manifestantes conseguiram impedir a operação. A preparação e o treinamento para a desocupação duraram duas semanas e incluíram medidas de contraterrorismo. Os policiais foram instruídos a não tomar atitudes violentas, de forma a evitar que a opinião pública fortalecesse o apoio à ocupação. No entanto, manifestantes denunciaram a retirada como violenta, incluindo a utilização de gás lacrimogênio e de pimenta, além da destruição da biblioteca do movimento. A chegada da polícia e os avisos sobre a desocupação fizeram muitos manifestantes recolherem seus pertences e abandonarem o local. Contudo, alguns acampados tentaram resistir, fazendo barricadas, dando as mãos e prendendo-se a árvores. Segundo o porta-voz da polícia, Paul Browne, 142 pessoas foram presas.